Ato denuncia a demissão de 459 de terceirizada da Petrobras
O Construmob organizou, na sexta-feira (1/12), um ato de apoio aos trabalhadores demitidos da Propav com paralisação de avenida em frente à Recap
O Sindicato da Construção e do Mobiliário de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra (Construmob) realizou, nesta sexta-feira, 1/12, uma ato em solidariedade aos 459 trabalhadores da Propav demitidos nesta semana. A atividade aconteceu em frente ao portão da refinaria Capuava (Recap) da Petrobras, em Mauá.
Em greve desde 17 de novembro, depois de ficar sem receber adiantamento salarial e ver os benefícios como plano de saúde e odontológico bloqueados, os trabalhadores da Propav, com apoio de sindicatos de outras categorias interromperam a circulação de veículos na avenida Alberto Soares Sampaio por cerca de meia hora para denunciar o desrespeito da Propav com os trabalhadores e a falta de ação da Petrobras para solucionar a situação.
A Propav é uma empresa terceirizada da Petrobras que atua em plantas da petrolífera no estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná.
A empresa deixou de pagar os salários e benefícios em Mauá depois de enfrentar o bloqueio judicial em suas contas por dívidas com bancos credores. Em novembro, a Propav pediu recuperação judicial e anunciou o encerramento do contrato com a Petrobras, por isso a demissão dos funcionários.
Em negociação direta com o Sindicato e depois na Gerência Regional do Ministério do Trabalho, em Santo André, a pedido do Construmob, a empresa propôs a demissão coletiva de todos os trabalhadores com a liberação imediata do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o requerimento para pedir o seguro desemprego. A empresa propôs, ainda, parcelar a rescisão incluindo salários atrasados, PLR, 13º e verbas rescisórias, com o primeiro pagamento para 22 de dezembro.
Os trabalhadores permanecerão mobilizados em assembleias, diariamente, até que todas as rescisões sejam feitas, para que os trabalhadores tenham acesso ao seguro desemprego ou possam ser contratados por outras empresas. Segundo o secretário geral e de administração do Construmob, Mauro Coelho, o sindicato está dando toda a assistência e assessoria jurídica aos trabalhadores e trabalhadoras neste momento, e vem dialogando com representantes da Petrobras e das empresas terceirizadas que vão substituir a Propav para que os trabalhadores sejam recontratados. “Queremos garantir que aquele trabalhador e aquela trabalhadora que contribui há anos como tercerizado da Petrobras permaneça atuando na empresa”, explica.
O ato em frente à Recap contou com a participação dos diretores do Construmob Mauro Coelho, Geovã Evangelista, José Williame, Cleiton Sabio e João Zanette. Também participaram da atividade a coordenadora da CUT-ABC e diretora do Sindicato dos Rodoviários do ABC, Neide Tamerão, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de São Bernardo e Diadema, Claudio Bernardo, o presidente do Sindicato da Construção Civil de Itapevi, Adriano Bispo, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, Mobiliário e Montagem Industrial de São José dos Campos e Litoral Norte (Sintricom), Marcelo da Costa, o diretor do Sindicato da Construção Civil e Montagem de Campinas e Região, Juscelino Souza de Novais Jr e o diretor do Sindicato dos Petroleiros de São Paulo – Sindipetro, Pedro Nascimento, entre outros diretores de sindicatos que compareceram no ato e trouxeram seu apoio aos funcionários da Propav. Os petroleiros da Recap, por meio da Sindipetro, solidários à situação dos trabalhadores e trabalhadoras demitidos, estão organizando uma arrecadação de fundos para a compra de cestas básicas para ser distribuída aos trabalhadores.